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Conversas Transformadoras | Maikel Rosa

  • Foto do escritor: Dulce Ribeiro
    Dulce Ribeiro
  • 28 de jan. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 30 de jan. de 2020


A conversa com o Maikel Rosa da design cultural foi rápida, divertida, profunda e parecia que nos conhecíamos há anos. Esse papo de choque cultural, mudar a cultura, os novos e os velhos, rende muitos posicionamentos e opiniões. Aquela máxima do “mudar ou mudar”, quem não consegue está fora, trouxe para muitas empresas um clima de terror.


O Maikel explica o seu trabalho de transformação cultural, comparando-o ao processo de melhora de desempenho no nosso computador: “Em primeiro lugar, é preciso detectar quais arquivos são indispensáveis e quais estão apenas ocupando um espaço precioso. Depois, você precisa escolher que aplicativos valem a pena serem mantidos e quais só estão ali para sustentar sua ilusão de controle sobre tudo. Por fim, o mais prudente é criar backups dessa configuração ideal - as cópias de segurança às quais você poderá recorrer sempre que o sistema se mostrar instável”. Isso quer dizer que “os arquivos são os mitos e símbolos que permeiam a cultura, os aplicativos são as práticas que a sustentam (ritos) e os backups são agentes internos que assumirão o papel de defender e promover a cultura desejada, os multiplicadores ou guardiões da cultura”.


Tem algum momento específico para fazer a transformação?

É preciso, antes de mais nada, ter ações estruturantes que irão sustentar a desconstrução, isso já precisa estar previsto. É necessário, também, ter uma área ou alguém preocupado em energizar o desenvolvimento humano e organizacional.


Tomando como exemplo os modelos mapeados por Frederic Laloux no livro “Reinventing Organizations, Maikel acredita que as empresas evolutivas são, sem dúvida alguma, as mais propensas a abraçar a transformação de forma positiva e consistente. As pluralistas terão facilidade para aceitar mudanças, as realizadoras o farão enquanto estiverem convencidas dos resultados financeiros, e as conformistas precisarão de um processo muito mais longo e dispendioso. Nas impulsivas, qualquer um que propuser mudanças no status quo estará condenado ao expurgo, então uma transformação intencional está fora de cogitação (a não ser que ela atenda exclusivamente às intenções do seu líder máximo). Vale a pena ler o livro.


Quem é o protagonista da transformação cultural?

“Na verdade, todo mundo. A empresa é um organismo vivo que precisa ser trabalhado em nível molecular, promovendo um tratamento intensivo e de forma sistêmica. O jeito é espalhar o remédio pela corrente sanguínea, representada pelas práticas culturais e as relações de influência que se constroem dentro do ecossistema organizacional. Todos os públicos são envolvidos e conscientizados da sua responsabilidade enquanto portadores do código cultural. Em diferentes papéis, todo mundo é protagonista."


O impulso dessa transformação precisa vir de cima pra baixo?

A priori, não se hackeia uma cultura usando os meios tradicionais. Para que a mudança seja real e duradoura, é imprescindível descentralizar o protagonismo e envolver a todos, independentemente da sua posição na hierarquia. Por ser um processo epidêmico, não podemos esquecer que sempre haverá um “paciente zero” (o primeiro a apresentar os sintomas da epidemia), e ele tem um papel preponderante no mapa de influência da organização. A maioria adota as novas práticas quando enxerga o seu benefício.


Entretanto, mesmo que a transformação seja de todos, a faísca inicial terá um potencial de propagação exponencialmente maior se o pavio for aceso por quem ocupa uma posição de influência dentro da organização. "Quanto maior essa influência, mais rápido o fogo da transformação poderá se espalhar”, confirma Maikel.


Daí a gente volta com aquela conversa da liderança pelo exemplo. O caminho do autoconhecimento é uma super possibilidade para que esses líderes desenvolvam a confiança dos times nas inevitáveis transformações que batem à porta.


Nome: Maikel Rosa

Instagram: @design.cultural

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